Agosto é um mês marcado por ventos fortes, baixa umidade do ar e estiagem
Priscilla Peres
| 18/08/2022 – 15:16
Chuva causa estragos em Campo Grande (Foto: Nathalia Alcântara, Midiamax)
As chuvas de agosto deste ano são inéditas em Campo Grande. Até esta quinta-feira (18), foram registrados 222 milímetros de chuva na região do Anhanduizinho, o maior acumulado para o mês em 30 anis. O maior acumulado para o mês foi em 1998, quando foram registrados 147,6 mm, segundo dados da estação de meteorologia da Uniderp.
Tradicionalmente, agosto é um mês marcado por ventos fortes, baixa umidade do ar e estiagem em todo o Mato Grosso do Sul. Segundo o meteorologista Natálio Abrão, somente entre ontem e hoje choveu mais de 133 milímetros em Campo Grande. Enquanto que a média histórica de chuvas para o mês é de 38 mm a 41,8 mm.
Até então a maior chuva já registrada em Campo Grande em um dia, havia sido em 11 de agosto de 1998, com a marca de 69,6 mm. “Esses números são atípicos e improváveis de ocorrer em agosto, tanto que não acontecia há 24 anos. A hipótese mais provável é o efeito La Nina que não influenciou no bloqueio atmosférico das frentes no extremo Sul da Argentina”, afirma o meteorologista.
Chuva traz frio intenso para a Capital
A chuva deve cessar nesta quinta-feira (18), quando as temperaturas começam a cair drasticamente. Natálio Abrão acredita que esta pode ser a frente fria mais intensa do ano. A previsão é de que as temperaturas fiquem entre 6°C e 14°C em Campo Grande na sexta-feira (19).
Já no sábado a mínima em Campo Grande será de 4°C e máxima de 18°C. Só no domingo que a temperatura máxima deve passar dos 23°C, na Capital. “A massa de ar polar derruba as temperaturas, com previsão de frio intenso e geadas generalizadas”, afirma.
Fonte: Midiamax.