Em municípios como Aral Moreira, Ponta Porã e Antônio João, regiões de maior fertilidade e altitude, a soja já começa a florescer
Mariane Chianezi
| 05/11/2022 – 07:59
Foto: Divulgação
As recentes chuvas que ocorreram em Mato Grosso do Sul colaboraram para que as lavouras de soja começassem a florescer, mas especialistas dizem que há áreas próximas a fronteira que o processo de crescimento da cultura está mais avançado em relação à outras áreas do estado.
Nas regiões mais adiantadas, como distrito de Itahum, municípios de Aral Moreira, Ponta Porã e Antônio João, algumas lavouras estão começando a florescer agora, fechando a entrelinha. Essas são regiões de maior fertilidade e altitude, o que favorece o bom andamento da soja, chegando a ter 50 dias de semeadura em algumas áreas.
Na região de Maracaju, no Centro-Oeste do estado, as lavouras estão mais atrasadas havendo ainda muitas áreas recém-emergidas, plantadas na última semana, mas a semeadura já está praticamente finalizada.
Ainda segundo pesquisadores, esse também é um momento de atenção para os produtores rurais, que devem manter o manejo adequado e às aplicações de herbicidas, inseticidas e fungicidas, como explica o pesquisador da MS Integração, empresa de consultoria do estado, Ricardo Barros.
“Com relação aos herbicidas, importante ficar atento a possíveis reboleiras com rebrotas de buva devido a eventuais sobras de dessecação. Também é fundamental que os produtores fiquem atentos a presença de capim-amargoso e, especialmente, de plantas de milho tiguera, para se evitar a ocorrência de ponte verde para a safrinha de milho, o que pode aumentar a pressão e ocorrência de cigarrinhas e, consequentemente, vírus e molicutes”, pontuou Barros.
O pesquisador alerta que, devido ao início do florescimento de alguns talhões, “o percevejo marrom deve começar a ser atraído pela floração das plantas, o que é comum neste início de novembro, caracterizado pelo início da migração da praga das áreas de refúgio para as lavouras de soja, reforçando a importância da vistoria nas lavouras”, frisou Ricardo Barros. Esse controle bem-feito, pode garantir melhores resultados em produtividade lá na frente.
Fonte: Midiamax.