De acordo com Ruan Sene, analista de mercado da Grão Direto, para os próximos dias o clima continuará favorecendo o plantio no Brasil durante a semana. No entanto, começa a apresentar algumas dúvidas em relação a chegada do outono no Brasil. “Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) aponta que essa estação é caracterizada pela transição entre o verão quente e úmido e o inverno frio e seco, principalmente no Brasil Central, em um cenário que poderá frustrar a expectativa de produção recorde”, indica a Grão Direto.
“Notícias sobre a renovação do acordo de exportação envolvendo Rússia e Ucrânia poderão provocar movimentação nas cotações, principalmente se houver algum tipo de resistência ou exigências adicionais de alguma das partes envolvidas. O mercado espera que o acordo seja renovado por mais 120 dias e a exportação de milho continue. As cotações brasileiras poderão continuar pressionadas diante das projeções otimistas de produção no país, e dessa forma, ter uma semana de desvalorização em relação aos preços”, completa.
Nesse cenário, a semana que passou foi marcada pela continuidade das negociações sobre o acordo do Mar Negro, plantio da 2ª Safra de milho e mais uma queda na expectativa da produção da Argentina. Diante disso, as cotações de Chicago finalizaram a semana sendo cotadas a U$ 6,35 o bushel (+1,28%) para o contrato com vencimento em maio/23.
“As negociações do acordo de exportação de grãos do Mar Negro continuam e há um consenso de renovação. Porém, neste momento, ainda há um embate em relação à extensão do acordo, em que a Rússia defende uma renovação de 60 dias, enquanto as Nações Unidas, Turquia e Ucrânia, uma extensão de 120 dias. Um período de extensão mais curto aumenta, de forma significativa, os riscos envolvendo a logística para os navios, considerando que demora, em média, 40 dias para finalizar todo o processo de carregamento e liberação”, conclui.
Fonte: ocorreionews.com.br