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Após o momento mais difícil de sua história, MS conta com a força de seu povo para se reerguer
11 OUT 2021 – 12h45min
Há exatos 44 anos, em plena ditadura militar, o então presidente Ernesto Geisel assinava a Lei Complementar n.º 31, que separava o grande território de Mato Grosso em dois e criava o nosso querido estado de Mato Grosso do Sul. Desde então, a data é celebrada anualmente e marca o aniversário do segundo estado mais jovem do país, atrás apenas de Tocantins.
A região recém-criada abrigava 55 municípios e se desenvolveu bastante nessas mais de quatro décadas. Hoje, os sul-mato-grossenses estão espalhados por 79 cidades e já somam quase 3 milhões de habitantes, segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). Somos mundialmente conhecidos pelas belezas naturais da região e principalmente pela diversidade de fauna e flora do Pantanal.
Foto: Edemir Rodrigues/Governo do Estado
O processo até a divisão – Apesar da pouca idade, o Estado conviveu por quase um século com o desejo por independência. A primeira fase desses movimentos tinha a cidade de Corumbá como pano de fundo, em 1989. Eles foram liderados – ainda de maneira desorganizada – pelas elites de fazendeiros locais, que se opunham aos privilégios dos grandes monopólios de erva-mate e queriam fazer da Cidade Branca a capital de Mato Grosso.
Outro ponto importante neste processo de emancipação foi a criação da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil (NOB), que facilitava os negócios com São Paulo e deixavam Cuiabá cada vez mais irrelevante para o sucesso financeiro das cidades mais ao sul. Contudo, após a deposição de Getúlio Vargas, quem assumiu o país foi justamente o general cuiabano Eurico Gaspar Dutra, que reforçava a política de integração nacional e incentiva a manutenção da unidade estadual.
A causa divisionista já era considerada perdida por muitos até o golpe de 1964. A visão militarista sobre a geopolítica brasileira veio ao encontro dos interesses da oligarquia agrária e da elite pecuarista do sul de Mato Grosso, e finalmente, em 1977, a decisão de criar um novo estado foi colocada no papel. Na prática, a decisão só foi efetivada em 1º de janeiro de 1979, quando foi instalado o primeiro governo na região – de Harry Amorim Costa.
Ernesto Geisel assinando a lei complementar que criava Mato Grosso do Sul, em 1977
Perspectivas para o século 21 – Apesar dos 44 anos de história, foi em 2020 e 2021 que Mato Grosso do Sul – e boa do mundo – passou pelo seu momento mais difícil. A pandemia de covid-19 ceifou mais de 9,5 mil vidas por todo o Estado e impôs limitações a toda a população, afetando principalmente a parcela mais vulnerável da sociedade.
Ainda assim, as esperanças da nossa gente vêm se renovando, conforme a região desponta como referência na vacinação e nas quedas nos números de contaminações pelo novo coronavírus. Hoje o Estado conta com uma estrutura agroindustrial, que inclui uma das maiores indústrias de celulose do mundo e megausinas que industrializam milho.
O governado Reinaldo Azambuja, em carta publicada hoje à população, destacou esta força econômica atual e a grande quantidade de empregos com carteira assinada gerados no primeiro semestre.
“Com a casa em ordem, as contas em dia e renovada capacidade de investimento, estamos transformando em realidade os ideais daqueles que, há 44 anos, sonharam construir um estado forte, moderno, solidário e mais justo”, afirmou o chefe do Executivo estadual.
Fonte: O Pantaneiro (Com informações de Edmir Conceição e o portal do Governo do Estado)
